Reforma Tributária no Simples Nacional: modelo atual ou híbrido

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Reforma Tributária no Simples Nacional: Decisão que Pode Impactar seu Negócio

Empresas do Simples Nacional que vendem para outras pessoas jurídicas enfrentam uma decisão crucial com a reforma tributária: permanecer no modelo atual ou adotar o regime híbrido. Essa escolha pode alterar significativamente seu fluxo de caixa, já que no sistema híbrido será necessário destacar e antecipar tributos, ao mesmo tempo em que se ganha o direito de abater créditos tributários nas compras.

Mais do que uma simples opção tributária, essa mudança pode influenciar sua competitividade no mercado corporativo. Atenção aos novos requisitos contábeis e ao cumprimento dos prazos de implementação, que começam em 2026. Este artigo já traz os cenários, prazos e desafios para orientar sua empresa nessa decisão estratégica.

A Escolha que Pode Sacudir Seu Fluxo de Caixa

Ao optar pelo regime híbrido, sua empresa precisará destacar e antecipar o pagamento do IBS e da CBS na emissão de notas fiscais. Em um faturamento mensal de R$ 150 mil, por exemplo, isso pode significar um desembolso adicional de até R$ 7,5 mil por mês, considerando alíquota média de 5% sobre bens e serviços. Esse aumento temporário na saída de caixa exige ajuste no capital de giro.

Em contrapartida, o regime híbrido permite o abatimento de créditos tributários nas compras de insumos, reduzindo custos operacionais. Segundo pesquisa do IBPT, 40% das empresas compradoras priorizarão fornecedores que ofereçam esse benefício, o que pode representar um ganho de competitividade de até 3% no preço final.

  • Impacto imediato no fluxo de caixa: necessidade de reforçar reservas financeiras para antecipação de tributos;
  • Benefícios de longo prazo: compensação de créditos em até seis meses, aliviando a carga tributária;
  • Vantagem competitiva: acesso a contratos corporativos que valorizam o regime híbrido.

Esse cenário exige uma análise detalhada do fluxo projetado e planejamento contábil rigoroso para equilibrar desembolsos iniciais e ganhos futuros.

Modelo Atual x Regime Híbrido: O que Muda

No modelo atual do Simples Nacional, o imposto é recolhido de forma unificada pelo Documento de Arrecadação do Simples (DAS), com alíquotas que englobam tributos federais, estaduais e municipais em um único pagamento. Essa simplicidade reduz a carga de obrigações acessórias e facilita o planejamento de caixa, mas não permite o aproveitamento de créditos tributários nas compras.

Já o regime híbrido mantém o DAS para recolhimento, mas exige apuração separada do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Esse modelo dá direito ao abatimento de créditos fiscais, trazendo maior competitividade em vendas para pessoas jurídicas, porém impõe controle detalhado das notas fiscais e antecipação de tributos, com impacto imediato no fluxo de caixa.

  • Vantagens do modelo atual: simplicidade contábil, poucas obrigações acessórias e previsibilidade de caixa;
  • Desafios do modelo atual: ausência de créditos tributários e menor atração de clientes corporativos;
  • Vantagens do regime híbrido: possibilidade de compensar créditos fiscais, redução de custos em compras e acesso a novos contratos;
  • Desafios do regime híbrido: necessidade de detalhamento fiscal, monitoramento da cadeia de fornecedores e antecipação de tributos.

Obrigações Contábeis e Monitoramento de Créditos

Com a adoção do regime híbrido, sua contabilidade precisará registrar, na nota fiscal de venda, a discriminação separada dos valores devidos ao IBS e à CBS. Isso inclui detalhar as bases de cálculo, alíquotas aplicadas e o montante de tributos destacados, garantindo transparência na apuração e no recolhimento.

Além disso, o controle da cadeia de fornecedores se torna essencial para validar créditos tributários. Cabe à empresa confirmar se o fornecedor recolheu corretamente os tributos nas etapas anteriores, evitando glosas e perdas de crédito.

  • Registro individual de cada tributo (IBS e CBS) em sistema contábil integrado;
  • Emissão de notas fiscais eletrônicas com campos específicos para créditos a compensar;
  • Auditoria periódica de obrigações acessórias dos fornecedores (DASN-SIMEI, DCTF e SPED);
  • Conciliação mensal de créditos tributários apurados versus créditos utilizados;
  • Implementação de fluxo de aprovação interna para notas de entrada com créditos habilitados.

Esses procedimentos são fundamentais para manter a segurança fiscal e assegurar que todos os créditos gerados sejam aproveitados de forma correta, minimizando riscos de autuações e fortalecendo sua posição competitiva.

Riscos de Perda de Competitividade

No cenário corporativo, a não adesão ao regime híbrido pode resultar em rejeição de propostas por grandes clientes, que cada vez mais priorizam fornecedores capazes de oferecer créditos tributários. Essa preferência impacta diretamente a competitividade das pequenas empresas do Simples Nacional, que podem ficar de fora de processos de seleção e perder contratos de maior volume.

Outro ponto crítico é a conferência dos tributos pagos pelos fornecedores. Caso haja falhas no recolhimento de IBS e CBS nas etapas anteriores, os créditos podem ser invalidados, gerando autuações e custos inesperados. A falta de due diligence nesse processo compromete a credibilidade da empresa junto aos clientes corporativos.

  • Perda de oportunidades de contratos: empresas compradoras exigem fornecedores com regime híbrido.
  • Risco de glosas fiscais: créditos rejeitados por recolhimento incorreto no fornecimento.
  • Impacto na reputação: atrasos ou autuações por falhas tributárias abalam a confiança do mercado.

Prazos e Fases de Implementação

A reforma tributária avança em etapas bem definidas, permitindo às empresas se adaptarem gradualmente ao novo sistema.

  • 2026 – Fase de testes: início do ambiente de split payment simbólico com alíquota de 1%, permitindo simulações de destaque e abatimento de créditos no sistema da Receita Federal.
  • 2027 – Extinção do PIS/Cofins e implantação do CBS: entrada em vigor do pagamento antecipado (split payment) da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) em operações entre empresas, excluindo o varejo.
  • 2029 a 2032 – Transição do ICMS e ISS para o IBS: redução gradual das alíquotas atuais de ICMS e ISS, com aumento progressivo da alíquota do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), culminando na unificação completa até o final de 2032.

Cada fase exige atualizações de sistemas e processos internos, além de treinamento da equipe contábil. Esse cronograma permite planejar ajustes no fluxo de caixa e na gestão de créditos, garantindo conformidade e evitando surpresas fiscais ao longo da transição.

Como a Informa Contábil Pode Apoiar Sua Empresa

A complexidade da transição para o regime híbrido no Simples Nacional exige um suporte contábil especializado em apuração fiscal, elaboração de balanços e planejamento de Imposto de Renda. A Informa Contábil reúne uma equipe de profissionais experientes que ajudam a estruturar processos internos e gerar informações precisas para tomadas de decisão.

Na apuração fiscal, são revisados mensalmente todos os lançamentos, com conferência rigorosa do IBS e da CBS destacados em notas fiscais. Isso garante a consistência das bases de cálculo e reduz o risco de divergências junto à Receita Federal.

Para os balanços, são ajustadas as demonstrações contábeis de acordo com o novo regime, identificando provisões e contingências que podem impactar o patrimônio. Esses ajustes permitem uma visão clara da saúde financeira e auxiliam na negociação de prazos e financiamentos.

No planejamento de Imposto de Renda, são elaboradas simulações de cenários tributários, com projeções de alíquotas e estratégias de compensação de créditos. Além disso, o monitoramento contínuo de prazos e obrigações acessórias mantém sua empresa em conformidade, evitando autuações e fortalecendo sua segurança fiscal.

Fique Atualizado: Novidades Diárias no Blog

Para não perder nenhuma notícia sobre a reforma tributária e outras mudanças que impactam a gestão do Simples Nacional, acompanhe o blog da Informa Contábil de segunda a sexta-feira. Diariamente, você encontrará:

  • Análises rápidas das últimas alterações na legislação tributária;
  • Dicas práticas para otimizar o fluxo de caixa e o planejamento fiscal;
  • Orientações sobre prazos, obrigações acessórias e compliance;
  • Estudos de caso e exemplos que ajudam na tomada de decisão.

Mantenha-se informado e preparado para as mudanças do mercado, com conteúdo relevante e atualizado todos os dias.

Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma tributária exige escolha de regime no Simples Nacional

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